11 novembro 2011

POVO SEM OPÇÃO DE LAZER, VIVE NA OCIOSIDADE DE SEUS LARES NOS FINAIS DE SEMANA.

A Falta de alternativas culturais na Cidade de Curitiba, por exemplo, faz com que todos os seus moradores quando querem sair das suas rotinas com suas famílias, procurem os parques de diversões da cidade, que, aliás, de diversão não tem nada, a não ser ver pássaros, bichos e peixes, (certamente uma excelente opção para quem nunca viu) além de se estressar com a falta de estacionamento nestes locais públicos; outra opção é ficar em casa, fazendo um churrasquinho e ouvindo o som do carro no último volume de algum jacuboy. Os teatros e cinemas da cidade não oferecem e, nem estimulam as pessoas a irem aos espetáculos e filmes, até porque, os ingressos não são nada baratos. Cabe a quem interessar possa este recado e, se fizer mais do que necessário, no Caso a Prefeitura da cidade através da sua Fundação Cultural, levar entretenimento as pessoas direto nos bairros da cidade, lá onde estão estas pessoas, não só no centro da cidade, para os elitizados e ricos; como por exemplo: o Teatro de Pavilhão, o circo de lona etc.

Estas opções funcionavam muito bem no passado, nas eras de 1960 e 1970, estes locais viviam lotados de gente porque eram espetáculos gostosos e animados, cheio de atrativos, onde se poderiam levar as crianças para ver os palhaços no circo e, comer algodão doce e maçã do amor; nas arquibancadas sempre passava um menino vendendo crush e pipoca, e lá no centro do picadeiro os palhaços arrancavam as gargalhadas felizes da família toda, os palhaços eram as atrações mais esperadas dos espetáculos circenses.


O Teatro de pavilhão, por exemplo: era feito e coberto quase todo de folha de zinco, onde tinha camarotes e a geral, que era as arquibancadas, no palco eram encenadas várias peças teatrais, no mesmo linguajar do povo, nada complexo de difícil entendimento, conforme as peças de hoje em dia, que os autores e atores, procuram fazer o povo pensar mais do que se divertir, esta atualidade de certa forma, espantou o povo simples das salas teatrais. Mas nos circos e teatros de pavilhão a plateia era imensa, porque naquela época a preocupação maior era divertir e levar alegria ao povo do jeito que ele entendia a interpretação, muitas peças eram encenadas como: A cabaça do Pai Tomaz, Marcelino Pão e Vinho, As aventuras de Pedro Malazarte, e por aí afora. Os preços dos ingressos eram bem acessíveis e o povo adorava estes espetáculos encenados de forma simples e contagiante, mas com muito talento por parte dos atores. Os palhaços eram a maior diversão para a criançada: coisas tão boas e maravilhosas como tinha antes, hoje parece estar com seus dias contados e em extinção. Existiam também as touradas em pequenas arenas montadas dentro do próprio circo.

Mas, infelizmente tudo acabou, e ninguém se fala em resgatar o que era tão bom e, deixam o povo sem opção de lazer e cultura, dá se a impressão que as crianças naquelas épocas eram mais felizes, pois adoravam o final de semana e, o convite por parte dos pais para ir ao circo eram um presente sem tamanho e muito esperado. O Brasil está tomado por uma mesmice enfadonha, no sentido de não promover diversão ao povo, propagam que gastam se milhões na área cultural e nada muda, o negócio é buscar sugestões do passado para fazer delas o presente, enquanto isso, o povo se obriga a ir à frente de um computador ou TV e engolir o que de pior existe, sexo online, vídeos engraçados, etc. E na TV coisas que ninguém suporta mais, salvo 10% do que se vê é aproveitado, afinal de contas tinha que colocar o povo frente a frente com o artista, não com aparelhos eletrônicos, que acabam por enclausurar as pessoas num mundo vazio, contribuindo para que cada vez aumente ainda mais a solidão, dos jovens principalmente, aliás, a solidão já é um problema sério para a saúde pública resolver.

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